sábado, 31 de maio de 2008

O Que eles pensam desta parceria?



Foi ao ar ontem na MTV o Estúdio Coca-Cola com a parceria entre Vanessa e a banda Charlie Brown Jr. Seguem trechos de uma entrevista com Vanessa e Chorão sobre esta mistura:

O seu encontro com o Charlie Brown Jr é uma mistura que poderia parecer sem noção. Mas está ficando super integrado. O processo foi harmônico desde o início do processo? Ou, no começo, teve um estranhamento?
No começo teve a surpresa. Aí, todo mundo trouxe a sua porção e a vontade de fazer. No início, também achei completamente inusitado. Mas gostava do suingue deles e da voz do Chorão. Achei que tinha uma força ali, que ia ficar bonito. O contraponto do masculino com o feminino. A coisa mais doce da minha voz com a pegada forte de rock e rap que ele tem. Achei que ia ficar bacana já sem perceber mesmo o que seria. A gente se encontrou e foi ótimo.

Rolou um clima bem legal entre vocês, né?
Com certeza. Os meninos são muito queridos e amáveis, todos na deles, sem exceção. E a fim de fazer a coisa dar certo, deixando os egos de lado. Todo mundo brincando mesmo, se misturando, sem preconceito.

Qual que é a sabedoria de numa banda que tem instrumentos que se duplicam, fazer um arranjo que não vire uma massa sonora inaudível?
a coisa do menos é mais! Na hora que você ouve uma guitarra e tem um vazio depois, não é porque aquele vazio existe que você tem que meter a mão. Acho que os meninos, Catatau e Davi (guitarristas da Vanessa) fizeram isso muito bem, assim como os meninos do Charlie Brown Jr. O lance é misturar brincando, de uma maneira leve, priorizando sempre a melodia e o arranjo, sem brigar ou querer ser o gostosão da parada.

Você tem uma música que está estourada há meses no Brasil inteiro, Boa Sorte/Good Luck, que também é um dueto (com o americano Ben Harper). Você gosta de fazer duetos?Eu gosto.
Acho que ganho muito. Todo mundo ganha. É aquela história: duas cabeças são melhor que uma. É muito bom quando você se mistura com outros gêneros. Quando há uma mistura você está se propondo a ter um engrandecimento, um crescimento. As novas possibilidades te dão uma nova maneira de cantar, por exemplo.

Na banda que te acompanha você já é a única mulher. E agora essa situação dobrou: são duas bandas só com homens e você a única mulher. Como você se sente?

Me senti completamente a vontade!
O fato de o Chorão ser um rapper ajuda?Achei muito divertido os raps que ele cria. Ele muda muito, hoje faz um rap e amanhã cria outro, mas até isso é legal, porque me faz estar ligada no improviso. É uma coisa de brincar com as palavras. Admiro isso, porque não é do meu meio. Sempre admirei os repentistas, já vi competições entre repentistas no Brasil inteiro. E de alguma maneira, eu componho também neste esquema freestyle, gosto quando flui um rap no meio da
canção.

CHORÃO FALA SOBRE O PROJETO

Como foi a criação do set?
Tocar as oito músicas foi na boa, mas fazer estas oito músicas se encontrarem e soarem como uma só é que levou um pouco mais de tempo. Foi bom. Consumiu tempo porque a gente quis fazer uma coisa legal, para as duas bandas se entrosarem. São bandas grandes: três guitarristas no palco, dois bateras, dois vocais além de mim e dela. ... teclado... Colocar tudo isso junto e fazer funcionar, para aparentar uma unidade, levou um tempo.

Como foi o processo de criação, recriar suas músicas?
Costumo fazer os arranjos da minha banda desde os primórdios. Então, para mim, foi uma coisa legal, ouvir outras opiniões. Dentro de uma democracia, todo mundo se entendeu e chegou num estágio de satisfação.

De onde surgiu a idéia de fazer este projeto com a Vanessa?
Já era fã dela e, agora, mais ainda. Como o projeto pede alguma coisa com características diferentes, achei que seria um desafio fazer com a Vanessa. A música dela é mais voltada para MPB. É vanguarda, mas bem diferente do que a gente faz. Não na temática, pois ela canta coisas de amor e de relacionamento e eu também escrevo sobre isso. Mas sobre a sonoridade. Achei que ia dar uma mistura bacana.

E a escolha do repertório?
Não foi fácil porque ela tem muita música boa, sem querer ser piegas. Achar quatro músicas no meio de trinta boas foi muito difícil.
E ver suas músicas em novos arranjos...Ficou legal, ainda mais porque está sendo feito com músicos ilustres, de mão cheia. Cesinha, Catatau, Davi Moraes, Donatinho... Os backing vocals são genais. E ela, que acrescentou muito na parada. Ouço as minhas letras na voz dela... parece que não fui em quem escrevi! Transcendente mesmo.

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